Quem conduz a dança, o homem ou a mulher? E quais são suas possibilidades?


A questão da condução na dança, que pode gerar discussões, depende da compreensão individual de cada pessoa. Para muitos, a liderança na dança de salão é considerada a norma, sendo sempre o homem quem assume essa posição. Para outros, a condução deve ser livre, baseada no respeito, na vontade e na compaixão, de forma simples assim.

Mais importante do que falar sobre conduzir uma dança é refletir sobre isso. Afinal, assim como em qualquer área da vida, a liderança é um assunto delicado que exige responsabilidade. Ninguém iria dirigir um carro sem saber fazê-lo, pelo menos não deveria.

Quais são os padrões que influenciam na condução?

Existem padrões culturais e sociais que influenciam a condução na dança. Em algumas culturas, as mulheres são proibidas de assumir essa posição, e a maioria dos salões de dança não as aceita nesse papel. O modelo de dança de salão é tradicionalmente baseado na figura masculina e feminina, e são poucas as pessoas que se permitem questionar quem pode liderar. Afinal, a resposta foi estabelecida por homens no passado. No entanto, ao longo do tempo, a condução evoluiu e é necessário e saudável desafiar, expandir e desenvolver uma compreensão mais clara da dança de salão.

O que é necessário para liderar a condução?

Vontade e conhecimento são os requisitos fundamentais para liderar, independentemente do gênero. Dirigir é um ato de empatia e confiança mútua entre parceiros de dança. Além disso, o conhecimento é essencial, pois desejar liderar sem saber como fazê-lo não é suficiente e pode colocar em risco a confiança no desempenho e nos parceiros de dança.

A dança de salão é uma forma de comunicação física, uma expressão corporal na qual ambos os corpos precisam se comunicar. É um diálogo, não um monólogo, em que é necessário ouvir o que o outro tem a dizer. Se a intenção é apenas falar, não é mais uma conversa. Portanto, na dança, aquele que sente a outra parte, que lidera e capta os movimentos do parceiro, que sabe interagir e se adapta diretamente, é aquele que entende, sente e percebe, e mais importante, permite-se ser compreendido e percebido pelo outro.

Experimentar a inversão na condução pode aumentar a empatia e a criatividade na dança. É importante ajudar um ao outro na liderança, compartilhar responsabilidades e, acima de tudo, se divertir dançando.

Embora estejamos focando principalmente na dança de salão aqui, a condução faz parte de vários outros ritmos, como forró, tango, valsa, sertanejo universitário, entre outros. Independentemente do estilo de dança, o importante é entender que a condução é possível tanto para homens quanto para mulheres. Ambos os lados podem confiar um no outro, permitindo que um guie enquanto o outro fecha os olhos, assim como em qualquer relacionamento saudável.

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