Rio Grande do Norte - Volta ao Brasil em 27 Danças
Continuando nossa viagem por esse país transcontinental chamado Brasil. Hoje vamos falar do estado da federação Rio Grande do Norte. Já estamos no 20º Estado (em ordem alfabética) dessa viagem fantástica pelos povos de todos os cantos desse país. E como sempre durante a série vamos apresentar danças folclóricas típicas da região. Para quem quiser saber mais sobre a série é só visitar a postagem índice: Volta ao Brasil em 27 Danças. Lá vão encontrar listados todos os estados e suas danças.
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Rio Grande do Norte
Devido à sua localização geográfica, que forma um vértice a nordeste da América do Sul, o Rio Grande do Norte é tido como "uma das esquinas do continente", posição que também lhe confere uma grande projeção para o Atlântico (a maior dentre os estados brasileiros). Seu litoral, com uma extensão aproximada de quatrocentos quilômetros, é um dos mais famosos do Brasil. Na economia, destaca-se o setor de serviços. Devido ao seu clima semiárido em parte do litoral norte, o Rio Grande do Norte é responsável pela produção de mais 95% do sal brasileiro.
Folclore e Danças Típicas
O estado possui um folclore rico e diversificado. Pode ser dividido em dois grupos: aquele que se refere aos autos populares, reunindo uma mistura de espetáculos teatrais (autos), o mais importante; e aquele que reúne, de forma geral, as danças folclóricas (manifestações populares). Portanto, a cultura potiguar é dividida em autos e manifestações populares.Seus principais autos são o Boi dos Reis, Boi Calemba, fandango, congos, caboclinhos, lapinha e pastoril. O Boi dos Reis, o tradicional Bumba meu boi, é uma representação festiva anual realizada diante de qualquer igreja, a fim de que todos os que estão presentes sejam abençoados por Deus; quando possível, eles também podem ser apresentados em frente aos palanques e às residências (lares).
O fandango tem uma grande influência dos portugueses, muito observada em danças, expressões, jornadas; seu principal foco gira em torno de uma tradição contada sobre um navio que, durante uma semana, ficou perdido em alto mar, causando à tripulação devido a ameaças de tempestade e incêndio.
Os tradicionais Congos são de herança africana, que conta a luta entre um rei (Henrique Carionga) e uma rainha (Ginga). Os tradicionais cabloclinhos são muito representados no período carnavalesco, onde os representante se fantasiam de indígenas.
E, por último, há a lapinha e o pastoril, representados especialmente nas épocas de Natal e Ano-Novo, onde o primeiro, também denominado de presépio, são do tempo da colonização; já o pastoril são repertórios cantos (religiosos) e louvores realizados diante do presépio, simbolizando o nascimento de Jesus Cristo.
Danças Importantes
Quanto às danças, a araruna, o bambelô, as bandeirinhas, a capelinha de melão, o coco, o espontão, o maneiro-pau.Na ararauna, dança típica do estado, existe um repertório uma coreografia com danças típicas do folclore; está instalada na capital, cujo nome oficial é Associação de Danças Antigas e Semidesaparecidas Araruna.
O coco, junto com o bambelô e o maneiro-pau, são danças típicas de roda, sem nenhum tipo de enredo dramático, onde é livre a participação de pessoas; enquanto o coco e o bambelô são danças de círculo acompanhadas de instrumentos de repercussão (como batuque), encontradas no litoral, o bambelô é muito praticado nas serras do Alto Oeste Potiguar.
A bandeirinha, junto com a capelinha de melão, são danças típicas do período junino, onde pastores e pastores cantam para homenagear São João Batista.
E, por último, o espontão, que é praticada principalmente na região do Seridó potiguar; um exemplo ocorre na Festa de Nossa Senhora do Rosário, realizada em Caicó, Jardim do Seridó e Parelhas, onde há a coroação de reis e rainhas.
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